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TRADICIONAIS FESTEJOS EM HONRA 
DO DIVINO ESPÍRITO SANTO



ANTIGAMENTE

"Esta festa teve a sua origem no século XVI e é realizada pela Confraria do Divino Espírito Santo, no Domingo de Pentecostes, na Capela de Nossa Senhora de Monserrate, no lugar de Meia Via ao tempo denominada Termos do Espargal.
Da Confraria do D.E.S., existem estatutos com data de 1668, conforme pergaminho que se encontra no Museu Municipal de Torres Novas.
A festa compõe-se de parte religiosa e de parte recreativa. Inicia-se a festa pelo abate de uma ou mais reses destinadas ao bodo aos pobres e aos irmãos da confraria (mordomos); pelo cortejo dos tabuleiros-oferta do pão para os pobres; missa solene com sermão seguida de procissão onde são incorporados os tabuleiros e as fogaças; cerimónia da entrega da Coroa (símbolo do juíz), onde foi colocada a fita com a data da festa, à nova comissão para o ano seguinte.
Os atractivos principais da parte recreativa constam da picaria na Quinta-feira da Ascensão, onde são utilizadas as reses destinadas ao bodo dos pobres; arraiais abrilhantados por grupos musicais e folclóricos, bailes, iluminações, quermesse, barracas de sardinha assada, cervejaria e trabalhos manuais.
Nos três dias principais das festas, sábado, domingo e segunda feira são precedidos de estrondosa alvorada com morteiros que anunciam em toda a região as Festas do D.E.S. de Meia Via.
A rua principal do lugar é engalanada com vistosos arcos que são iluminados assim como tudo o recinto dos festejos que é o Adro da Igreja.
O produto líquido das festas reverte para a Confraria do D.E.S. que tinha a seu cargo todas as obras de conservação da antiga Capela de Nossa Senhora de Monserrate e para mandar rezar missas por alma de confrades falecidos.
Desde 1958 o produto liquido da Festa destina-se à construção da nova Igreja de Nossa Senhora de Monsarrate que está prestes a concluir-se.
Nos tempos mais antigos os irmãos reuniam-se num jantar e cabia ao juiz da Festa reconciliar os irmão que estivessem zangados.
A título de curiosidade transcrevemos o frontespício do Compromisso da antiga irmandade do Espírito Santo erecta nesta Capela. 


« Compromisso de Irmandade do Spiritusanto, instituída na Igreja de N. Sr.ª de Monsarrate, sita no termo da vila de Torres Novas. 
« No ano de 1668.
« Os moradores do Espargal, freguesia da Igreja de Santiago de Torres Novas, deste Arcebispado de Lisboa, determinamos fazer hum Compromisso da Irmandade do Spirito Santo sita na Igreja de N.S de Monsarrate do dito Espragal, annexa à dita Matriz de Sanctiago da ditta Villa de Torres Novas, em qual Igreja está a imagem do Spirito Santo com muita perfeição, etc»

PORMENORES MAIS CARACTERÍSTICOS  


QUARTO DA PRENDA - O Juíz que vai presidir à Festa, arma em sua casa, na Quinta Feira de Ascensão, um Quarto da Prenda (altar onde é colocada a coroa), que fica exposta até ao dia da Festa. 
Na ornamentação deste quarto são postas as mais lindas colchas que o Juiz e a sua família possuírem. O quarto fica inteiramente forrado de colchas onde são colocadas fitas e flores.    

COROACoroa de prata artisticamente trabalhada encimada por uma pomba branca, símbolo do Espírito Santo. 
Da base da coroa prendem diversas fitas que os juizes anteriores foram colocando. Nas fitas são inscritas as datas das festas e os nomes dos juízes, por meio de artísticos bordados pinturas. 

TABULEIROSConstam de cestos de vimecom com armações de ferro ou madeira, revestidos de flores de papel, tendo o seu feitio e ornamentação os mais variados gostos. Os cestos são revestidos de toalhas brancas bordadas com rendas que fazem parte do bragal da moça, sendo encimados por pombas brancas ou cruzes. 
Nos tabuleiros são fixados os pães (oferta do pão para os pobres) e o seu valor é tanto maior enquanto maior for a quantidade de pão transportado por este. As ornamentações e os feitios têm com os tempos sofrido alterações, não só devido ao gosto das pessoas da época mas também devido aos diversos materiais que vão aparecendo. 

CORTEJO DOS TABULEIROSO cortejo dos tabuleiros que representa a oferta do pão para os pobres do século XVI. Este é formado por todos os tabuleiros oferecidos por promessas pelo tabuleiro do Juiz e pelos tabuleiros dos mordomos de obrigação. O cortejo é precedido pelo Juiz que transporta a coroa, sendo este acompanhado por crianças vestidas de anjo.   
As raparigas que transportam os tabuleiros vêem vestidas com fatos brancos até aos pés e designadamente por moças dos tabuleiros sendo acompanhadas cada uma por um rapaz que por vezes é noivo ou namorado. 
Da cabeça da moça pende uma rodilha com fitas de sede, até ao chão. Durante o cortejo o pão que nele é exposto pelo pároca da freguesia é depois retirado para cestos, a fim de ser distribuído pelos pobres. 

ABATE DAS RESESAs reses abatidas na festa destinam-se para a oferta da sua carne aos pobres. Estas são compradas pelos mordomos que também recebem uma porção de carne (a peza), sendo outra parte vendida na festa. 
Modernamente a carne é distribuída pelos pobres em suas casas, mas antigamente era servida num bodo cozido" 

   em: TORRES NOVAS: HISTÓRIA, ARTE E TURISMO (MANUEL INEZ SOARES) 


HOJE EM DIA


Hoje em dia a Tradição das Festas em Honra do Divino Espírito Santo caíram em desuso, não sendo realizadas frequentemento como manda tradição. Apenas se vai cumprindo a parte religiosa da festa ou seja a procissão realizada no domingo de pentecostes. 
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Fábio Carvalho

[name=Fábio Carvalho] [img=https://lh3.googleusercontent.com/ogw/ADGmqu9DvRJmoQHmFFL91VbgrZKSA10xmZ3d2Mbbw9XMrQ=s83-c-mo] [description="Fale da sua aldeia e estará falando do mundo"] (facebook=https://www.facebook.com/fabio.carvalho88)